Certo dia, onde os dias não são exatamente contados, dois anjos da guarda celestial conversavam sobre as últimas notícias que corriam “à boca miúda” lá pelos lados do Sétimo Céu, de que o Criador realizaria seu mais importante feito, sua maior prova de amor pela humanidade.
Como se já não bastasse tê-los criados como “a menina dos olhos” de todo o Universo, a “cereja do bolo” da criação, agora também seria como um deles – ponderavam os amigos celestiais.
Divina ironia – desabafa um dos anjos. O ser humano deseja ser como Deus, saber o Ele sabe, dominar e controlar o que Ele controla, tornar-se infinito e ilimitado e por toda a história age motivado por esses objetivos e o Criador decide ser igual ao homem, à imagem e semelhança do ser criado, refém das mesmas vulnerabilidades, tentações e limites, exagerando a dose e nascendo como mais uma indefesa e dependente criança.
Eles que sempre quiseram ser Deus receberam a visita Daquele que os amou tanto que resolveu ser homem.
A partir de hoje, onde se reunirem dois ou três para celebrarem este nascimento em Belém, estarão celebrando a dignidade humana – vaticinou o outro anjo. Espero que eles compreendam que devem seguir o exemplo de seu Criador e desejem ser gente como Ele é na história, tornando-se assim novamente imagem e semelhança de Deus na terra.
Alexandre Robles
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
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