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Alguém em transformação.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

FATIAS DE TEMPO

Ensina-nos a contar os nossos dias, para que nos tornemos sábios.
Salmo 90.12
Podemos contar o tempo através das horas, dos dias e dos anos, o tempo cronos. Se não prestarmos atenção ele nos seduz e passamos a vida correndo atrás dele dizendo que “ainda vou fazer isso ou aquilo” ou “quando eu tiver um tempo de sobra farei isso ou aquilo”. Cronos é servo dos homens, não devemos ser escravos do tempo. É o que sugere a frase de John Lennon: “a vida acontece enquanto fazemos planos para o futuro”.
Podemos contar os dias através dos fatos marcantes, das fases da vida, o tempo kairós. Ele é o que fica registrado em nossa mente, como memória, tão fixo que nos faz lembrar de detalhes, de cheiros, lugares, pessoas, olhares. É paradoxal, porque ao mesmo tempo que cria em nós a saudade, pode também nos prender no saudosismo, tornando experiências que deveriam ser apenas uma fase da vida, em prisão emocional. Para evitar isso é que precisamos fazer fechamentos, viver e encerrar lutos, o que nos sugere uma frase de Carlos Drummond de Andrade: "Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente."
O karirós se torna redenção do cronos à medida em que nos libertamos da correria e passamos a viver intensamente cada fase da vida. O cronos se torna a redenção do kairós à medida em que permitimos com que os ciclos tenham início e fim.
Que em 2008 sejamos mais sábios!
© 2007 Alexandre Robles

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Dias de Elias

Ouvi tua palavra e temi Senhor
Aviva, aviva tua obra
Olha dentro em mim
Está ardendo um clamo
rAviva. Aviva, tua obra
Cumpre em nós Senhor
Derrama em nós senhor
O avivamento prometido aos nossos pais

Viverei pra ver descer do céu
Sobre toda carne o teu poder
Tua shekiná encher a terra
Como ás águas cobrem o mar
Restaurando vidas e nações
E despedaçando as prisões
E libertando a minha geração
Pra um tempo de poder e adoração

Virão dias de Elias sobre a terra
Convertendo os corações dos filhos aos pais
E a figueira então florescerá
Dos seus frutos todos comerão
Eu não abro mão de viver isso em minha geração

Autores: Fernanda Brum, Emerson Pinheiro e Livingsthon Farias

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Militantes hindus atacam confraternização de Natal

ÍNDIA (29º) - Um grupo formado por pelo menos 500 extremistas hindus atacou um culto de Natal na região de Bamunigam, a 336 quilômetros de Bhubaneswar, capital do Estado de Orissa. Os cristãos estavam reunidos em uma tenda para celebrar o nascimento de Jesus, quando foram surpreendidos por uma multidão raivosa que portava pistolas e facões. Pelo menos duas pessoas foram baleadas e uma outra foi ferida por outro tipo de arma. Ainda não se sabe qual é o estado de saúde destas pessoas. Cristãos de diversas denominações, incluindo católicos, batistas e membros de igrejas pentecostais, receberam permissão da autoridade local para realizarem uma celebração única de comemoração do Natal em uma tenda gigante, que foi toda ornamentada com luzes, contou o padre Rabindra Sabhasundar. A polícia e a autoridade local prometeram fazer a segurança do culto especial de Natal, mas no momento do ataque não havia nenhum policial ali. “Tenho medo de um novo ataque”, disse Prasan Sualsingh, diretora de uma escola cristã, que presenciou tudo. Ore pelo Estado de OrissaLíderes das igrejas em Orissa dizem que o Estado se tornou recorde de ataques desde 1990. Nos últimos dois anos, foram reportados pelo menos 500 ações violentas contra cristãos e instituições cristãs, de acordo com o Conselho Global de Cristãos Indianos ( GCIC, sigla em inglês). Em 1999 foi morto na mesma região o missionário Graham Staines e seus dois filhos, Philip, de 10 anos e Timothy, de 8 anos, na época queimados vivos por uma outra multidão raivosa formada por militantes hindus.

A IRONIA DO NATAL

Certo dia, onde os dias não são exatamente contados, dois anjos da guarda celestial conversavam sobre as últimas notícias que corriam “à boca miúda” lá pelos lados do Sétimo Céu, de que o Criador realizaria seu mais importante feito, sua maior prova de amor pela humanidade.

Como se já não bastasse tê-los criados como “a menina dos olhos” de todo o Universo, a “cereja do bolo” da criação, agora também seria como um deles – ponderavam os amigos celestiais.

Divina ironia – desabafa um dos anjos. O ser humano deseja ser como Deus, saber o Ele sabe, dominar e controlar o que Ele controla, tornar-se infinito e ilimitado e por toda a história age motivado por esses objetivos e o Criador decide ser igual ao homem, à imagem e semelhança do ser criado, refém das mesmas vulnerabilidades, tentações e limites, exagerando a dose e nascendo como mais uma indefesa e dependente criança.

Eles que sempre quiseram ser Deus receberam a visita Daquele que os amou tanto que resolveu ser homem.

A partir de hoje, onde se reunirem dois ou três para celebrarem este nascimento em Belém, estarão celebrando a dignidade humana – vaticinou o outro anjo. Espero que eles compreendam que devem seguir o exemplo de seu Criador e desejem ser gente como Ele é na história, tornando-se assim novamente imagem e semelhança de Deus na terra.

Alexandre Robles